Entrega para a Flávia.
Entregador me entrega e pede meus dados.
Enquanto vou falando, ele, de cabeça baixa, vai anotando no celular.
- O que você é dele?
Dele??? – pensei
- Marido.
Os eventos dos próximos segundos se dão em câmera lenta:
Vagarosa e instintivamente, sem se dar conta, interrompe o que estava fazendo, tira os olhos do celular e aos poucos, de baixo para cima, sua mirada chega no meu rosto.
- Pensou que fosse Flávio?
Meio perdido na explicação, ele se enrola um pouco mas consegue encontrar uma resposta desconexa para minha pergunta:
- Não, é que eu preciso pegar seus documentos, saber se você é parente.
- Ah, ok.
Finaliza suas anotações e se despede:
- Bom dia, Deus abençoe.
- Amém – respondo, para sacramentar o alívio que ele deve ter sentido.
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