Certa vez cheguei em um cliente, anos atrás, com o livro "Deus, um delírio" debaixo do braço.
- Que livro é esse que você está lendo? - perguntou-me o segurança, simpático, que já me conhecia de visitas anteriores.
- Deus, um delírio.
- Deus um delírio?
- O autor sugere que Deus não existe e seja resultado do delírio da mente humana.
Ele me olhou assim, como se suspeitasse, de repente, que eu estivesse com ebola:
- Mas você não é ateu, é?
Eu poderia ter esticado a conversa dizendo para ele que sim, apenas pelo prazer de ver onde aquilo iria parar, mas eu estava com pressa:
- Não, não sou.
De repente o sol voltou a brilhar novamente no olhar do segurança, que suspirou aliviado.
(inspirado no meu amigo Thiago Mendanha)
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