quarta-feira, 3 de abril de 2019

Treinamento para a vida

Parado com o Felipe em frente à Fundação das Artes, no meio da quadra, esperando os carros passarem.
- Pai, eles não são como você.
- Como assim?
- Você para pra todo mundo.
- Ah, é verdade.
Paro mesmo para os pedestres, mesmo que não estejam atravessando na faixa, caso a faixa mais próxima esteja longe.

Minutos mais tarde, na esquina da Gago Coutinho, quando ia entrar na Av. Palmares, uma senhora na no começo da faixa. Havia um bom movimento de carros. Parei e lhe fiz sinal para atravessar. Como é bastante comum, talvez pensando em “pode ir que o trânsito está pesado”, ela me fez sinal para seguir adiante. Insisti: “Pode atravessar!” Ela insistiu: “Vai” Respondi: “Não, por favor, pode atravessar!” Ela sorriu e atravessou na faixa seu corpanzil com passos de 3ª idade. Esperei calmamente. Do outro lado ela se voltou, sorriu e acenou como braço.

Metros abaixo, na Av. Palmares, uma senhora se aproximou da borda da rua, no meio fio, com intenção de atravessar. Portava uma sacola de feira. Parei e fiz sinal para que ela atravessasse. Ela sorriu.
- Pai, ela não estava na faixa, né?
- Verdade, mas tinha um carro estacionado em cima da faixa, não dava para ela usar.

Esse garoto, quando crescer, será um motorista civilizado, respeitoso, não usará o veículo como expressão da sua dificuldade de autoafirmação, respeitará os pedestres. Assim como já é um jovem leitor, já se aventura de vez em quando a escrever suas próprias partituras musicais e é um piadista “troller” com tendências à incorreção... kkkkkkkkkk

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