domingo, 28 de janeiro de 2018

Prisma Brasil

Sempre fui apaixonado por música. e sempre fui doido por música visceral, eloquente. Músicas mais levinhas, fofas, nunca fizeram minha cabeça. A menos que tenham elementos densos na sua constituição. Por exemplo, há muitas músicas de bossa-nova que são um primor de "fofura", músicas potencialmente chatas pracarai. mas a constituição harmônica densa, eloquente, me subjuga. Tire a sofisticação harmônica de tais músicas e elas viram ruído chato para mim.

A linguagem vocal sempre me acompanhou desde a mais tenra idade. Não seria diferente para quem cresceu dentro de uma igreja onde havia vários grupos vocais. Então, minha ligação com a música cantada sempre foi muito intensa.

Quando a música instrumental e a vocal se encontravam de forma intensa, eu me sentia no paraíso. Lembro-me que ficava totalmente descontrolado quando, garoto, ouvia as "Danças Polvitsianas" da ópera "O Príncipe Igor" de Aleksandr Borodin. Eu precisava de minutos para voltar "à terra" assim que a música terminava.

Foi por isso que, quando conheci o Prisma, na minha adolescência, fui tomado por uma paixão imediata. Eles faziam uma combinação de harmonização um pouco mais elaborada (norteamericanizada mas de extremo bom gosto), caprichavam nos fraseados, nas nuances de ritmo (mesmo tocando com a "tradicional cozinha"), nas nuances de intensidade... aquilo me deixava em êxtase. E ainda me deixa.

Eles também tinham muitas músicas que começavam suavemente a terminavam apoteoticamente. Hoje, numa manhã nostálgica, a patroa colocou Prisma pra rodar no seu player. Que coisa boa, que coisa gostosa...

Não resisti ao ouvir "Ele é a minha força", um eloquente exemplo disso tudo que coloquei acima e resolvi escrever esse texto.

Grande Prisma Brasil, que me proporcionou tantas alegrias, tanta fruição musical!


 https://www.youtube.com/watch?v=yU1_qi2BuWo&feature=youtu.be

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