sábado, 22 de julho de 2017

Sobre sonhos musicais

Tenho sonhos musicais. Não é frequente mas tenho. Nos sonhos as melodias são lindas, os arranjos são maravilhosos. Porque tudo é lindo e colorido nesse tipo de sonho. Uma vez sonhei com uma melodia, acordei e me lembrava dela completa. Escrevi-a em uma pauta musical. Um dos sonhos mais belos que tive era uma música coral que eu ouvia em uma catedral católica em Bogotá, mas a igreja era a catedral da Sé.
Estou escrevendo um arranjo para bigband e empaquei em um compasso. Tenho que fazer uma “ponte” com um acorde “sus” de uma seção a outra e todas as ideias que me ocorrem são muito ruins. Essa manhã meu sonho cheio de histórias e reviravoltas (nem me lembro mais) finalizou comigo sentado em um piano (no sonho eu tocava piano ahahahah) resolvendo a questão. A solução era muito simples. Eu ficava exultante e corria para comemorar com as pessoas. Acordei. Agora sei a solução que darei ao problema. Espero que funcione.
Meus sonhos musicais são intensos. Mas um deles bateu todos os recordes.
Estava uma vez em Buenos Aires trabalhando em um projeto. Minha parada seguinte era Bogotá. Na noite que antecedia minha partida, sonhei que havia uma apresentação de uma peça coral com orquestra na igreja que eu frequentava. O coro e a orquestra eram sensacionais, como costumam ser nos sonhos. Eu estava com a grade orquestral na mão acompanhando, ao lado do meu irmão, Micaías de Deus, também um melômano. Nós acompanhávamos a partitura embevecidos com tanta beleza.
Eu destacava na partitura as principais frases musicais e ia comentando com meu irmão. No sonho eu via a partitura completa! Acordei de manhã e a música continuava soando na minha cabeça. Eu ainda enxergava as partes da grade musical que tinha visto no sonho. Acordei extasiado com tanta beleza. E assim continuei enquanto fazia as malas, descia para o desjejum com uma sem-sa-cio-nal “media luna” daquele hotel chique, fazia o check-out, chamava o táxi que partia para Ezeiza.
Era uma manhã tranquila e o aeroporto estava com movimentação normal, as filas não eram grandes Fui empurrando minha mala até chegar minha vez, enquanto repassava as ideias do sonho, que eu queria preservar na minha mente o maior tempo possível. Quando chegou minha vez para colocar a mala na balança, algo estranho ocorreu: fiz força demais para o peso que havia na mala. Esquisito! Pedi um instante para a moça e abri a mala. Meu Deus!!!! Cadê minhas camisetas? Cadê minhas cuecas? Cadê meus livros? Eu sempre carregava alguns livros porque estava sempre lendo e minhas malas costumavam ser meio pesadas por isso.
Desesperado, disse para a moça que tinha esquecido parte da minha bagagem no hotel. Será que dá tempo??? Ela não me garantiu, disse que estava por minha conta e risco, mas acreditava que daria tempo sim, caso eu não tivesse nenhum contratempo no caminho. Desesperado voei de volta para a saída do aeroporto pedi para o taxista voltar voando para o hotel e que me esperasse porque eu retornaria ao aeroporto chegando no hotel entrei esbaforido na recepção eles perceberam minha angústia sofregamente resumi a história o rapaz que cuida das malas e que tem um nome especifico nesses hotéis chiques e que me esqueci agora qual é subiu correndo comigo no apartamento esvaziei as gavetas esquecidas voltei voando para o táxi que retornou desrespeitando todas as leis de trânsito para Ezeiza e... ufa! não perdi o fôlego nem o voo.
Tudo por causa de um sonho musical que me deixou em êxtase. kkkkkkkkkk

domingo, 2 de julho de 2017

Sentimental é mesmo o amor

Felipe e Eunice Melo:
- Vó, do que vocês estão falando?
- Grey's Anatomy.
- Ah, eu já vi. É horroroso.
- É, muito sangue, né?
- Não, horroroso nas partes sentimentais.