sexta-feira, 27 de abril de 2012

Skål, Skol, Kol?

(olha só o que eu achei perdido na net... uma publicação de junho de 2008)
Um dos CDs do Tom Jobim que eu gosto muito é o Terra Brasilis. Parte por causa do nome. Eu o considero bastante eufônico: Terra Brasilis!

Quando eu pensei em dar um nome para meu grupo vocal que estava se formando, pensei que deveria ter algo como Brasilis no nome, ou algo similar. Embora eu deteste termos em inglês, gosto muito de termos em latim. Brasilis! Gosto disso.

Então eu pensei que o sobrenome do grupo poderia ser Brasilis. Só faltava o nome. Fiz uma pesquisa com os integrantes do grupo e lhes disse que eu queria um nome que dissesse algo a respeito da música que eu procuraria fazer que, em tese seria música “evangélica” feita por “brasileiros”. Ainda que eu não gostasse muito o termo “evangélica”, não poderia negar esse fato.

Das sugestões que eles deram, lembro-me de ter ficado com 2 opções, uma delas Kerigma, que eu tinha minhas restrições porque já é um termo muito utilizado. Foi aí que contatei meu grande amigo e erudito Vítor Hugo de Moraes (que inspirou o nome do meu filho), expliquei-lhe o meu objetivo e ele me respondeu o seguinte:

Badá,


Envio arquivo (palavras.gif) com a imagem da palavra kerigma em grego e hebraico (a palavra em hebraico é lida da direita para a esquerda).

No arquivo estão duas formas para a escrita da palavra em grego. São elas: forma uncial, que seria uma espécie de letra maiúscula (imagem superior do arquivo) e a forma cursiva (imagem inferior), a minúscula.

Na realidade os textos gregos mais antigos estão escritos na forma uncial, mesmo pq na época do surgimento do NT não existia a forma cursiva. Eu gosto dessa palavra. Acredito que ela está dentro do contexto proposto pelo coral.

Na minha opinião, a maioria das palavras em hebraico que significam proclamar/proclamação não são eufônicas, como: karah, bassar, galah, caphar, nagad etc. Exceto por uma, minha preferida: kol (voice, sound, noise, thunder, proclamation....).

Permita-me dar uma sugestão: KOL KERIGMA. Uma junção de hebraico e grego, que traduzida livremente seria algo como a VOZ DA PROCLAMAÇÃO.

Espero um retorno, um grande abraço a todos.

Vitor Hugo



A solução encontrada por ele, Kol Kerigma, e sua tradução livre “Voz da proclamação” foi o que faltava para eu encontrar a solução final, com o Brasilis que eu queria, em tradução livre: “Vocal Brasileiro”, ou apenas, Kol Brasilis, nome que traz, na origem das suas palavras, a tradição hebraica e latina que fazem parte do meu universo cristão brasileiro. Fechado.



Portanto, meu grupo vocal se chama Kol Brasilis ou apenas “Kol”, para os íntimos.

Sal, Sabão

Minha mãe e suas histórias. Tem uma assim:

Diz que a mulher recomendou ao marido distraidíssimo uma compra:
- Benhê, vai na venda comprar sal. É sal, hein? Não vai se atrapalhar!
La foi o marido distraído, recitando a compra pra não ter erro:
- Sal, sal, sal, sal, sal, sal...
Compenetrado que estava para não esquecer o produto a ser comprado, não percebeu um acidente no meio do caminho e deu uma dolorosa topada em uma pedra.
Sua reação foi imediata e irritada:
- Sai daí Ticão, com seu sabagão, sabão, sabão, sabão, sabão, sabão, sabão...

segunda-feira, 9 de abril de 2012

O motociclista, o furgão e o major

Essa manhã, trafegando pela Av. Cupecê engarrafada, pela pista do meio, havia um veículo de passeio na minha frente e, depois dele, um pequeno furgão. Como o baú era um pouco sobressalente, o retrovisor do motorista tinha uma haste um pouco maior que o normal. Uma fila interminável de motocicletas passava por mim e, quando se deparavam com o retrovisor, os motociclistas diminuíam, faziam uma pequena manobra e seguiam adiante. Até que, num daqueles momentos em que os motociclistas desaparecem por conta de um semáforo fechado lá atrás, veio um maluco, calculou mal, não diminuiu a velocidade e, plaft!, resvalou de leve no retrovisor do furgão, parado no congestionamento.
 
O motociclista parou a moto, xingou o motorista do furgão, ajeitou seu retrovisor e se mandou.

Lembrei-me de uma crônica do Fernando Veríssimo em que ele imaginava como seria se os militares do país do major Parsifal, na época em que ele de forma lenta e gradual entrava pela abertura, começassem a trabalhar como cabeleireiros ou taxistas.