terça-feira, 19 de novembro de 2019

Definitivamente Deus é o cara

Estou desenvolvendo um sistema.
Em muitos sentidos ele emula um sistema nervoso central.
Pensa num trampo lascado projetar numa arquitetura e realizá-la (escrevendo os códigos) para que um processo mande sinal para outro, que ativa um terceiro processo e assim por diante, tudo dentro de uma lógica pre-determinada e que, depois, o circuito fica fechado supostamente à perfeição. Tráfego de mensagens alguns níveis e sentidos. Como um sistema nervoso central.
Fico pensando no trampo que Deus teve para projetar o ser humano.
Deus é o cara, hein? Maior respeito!
Se bem que ele teve toda a eternidade de ócio à disposição para pensar no assunto e eu estou nisso de verdade há pouco mais de 1 ano.

sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Régua alta (ou A destruição da família tradicional pela Globo)

Desci para tomar café. A Flávia já estava tomando enquanto assistia Mais você. Passava um trecho de uma novela. Parecia ser um caso homossexual. Perguntei para a Flávia e ela confirmou. Comentei ironicamente: a Globo sempre empenhada em destruir a família tradicional.

Na sequência, Ana Maria continuou conversando com o entrevistado. Lá pelas tantas ele disse que já havia escrito mais de 60 livros. Sessenta livros!, exclamou a Flávia. Pronto, conseguiu prender minha atenção. Quem é?, perguntei. Walcyr Carrasco.

Ah... Walcyr Carrasco! Daí eu lhe contei uma coisa que ela não sabia.

Quando assinava a Veja, meu texto preferido era a última página da Veja São Paulo. Eram crônicas escritas pelo Walcyr Carrasco sobre o cotidiano da cidade. Era um texto simples, despojado, não se notavam pretensões literárias, mas... que textos deliciosos! O cara escrevia demais.

Eu sempre gostei de escrever, mas meus textos sempre me pareceram simples demais, despojados demais, no limite, ruins. Mas, depois de ler os textos de Walcyr Carrasco, percebi que é possível escrever textos despojados e de qualidade. Logo, o despojamento de meus textos de repente não significariam que eles eram necessariamente ruins. Obviamente não com a genialidade de Walcyr Carrasco, mas de repente textos que poderiam ser lidos por outros, por que não?

Eu tive a mesma sensação quando fiz um curso de escrita vocal popular com André Protásio, um arranjador carioca. O mais importante do curso para mim foi perceber que as ideias de arranjo que eu tinha não eram tão ruins assim, até mesmo algumas soluções que me pareciam básicas demais. No curso vi diversos exemplos similares e ficava tão bonito!

Enfim, às vezes o problema é ter uma régua muito alta.

Obrigado, Walcyr Carrasco.

(PS: 10 das melhores crônicas de Walcyr Carrasco na Veja São Paulo Dez crônicas de Walcyr que deram o que falar)