sexta-feira, 18 de abril de 2014

Desventuras de um voo Brasilia - São Paulo

(texto escrito na madrugada de 12 de abril, no táxil, quando retornava para casa)

Me atrapalhei com o transito em Brasília (uma obra na pista que causou um grande congestionamento) e acabei chegando quase na hora do embarque. Em vez de embarcar às 17:20 rumo a Congonhas, embarquei às 22 e pouco rumo a Guarulhos, 226 reais mais pobre (era a opção menos cara). Tive tempo suficiente para observar a muvuca do aeroporto em Brasília. Pareceu-me uma grande confusão, mas nada se comparou aos caos que encontrei em Guarulhos.

Na aterrissagem o avião ficou taxiando um tempo infinito (preferi tirar uma soneca) porque havia 8 aviões fazendo fila. Quando finalmente ele abriu as portas, descobri que estávamos em um local remoto do aeroporto e fizemos um longo percurso de ônibus para chegarmos ao terminal. No setor das bagagens, outro caos: as pessoas se apinhavam e mal dava para andar. Descobri que a esteira do meu voo estava ao fundo compartilhando malas de outros 2 voos mais. Tentei acompanhar na ponta dos pés o amontoado de malas que circulava pela esteira, uma multidão à minha frente, caindo pelos lados, em meio a reclamações gerais, para ver se enxergava a minha. A coisa estava feia. Pedi licença às pessoas e pulei para o lado de dentro da esteira, onde poderia divisar mais facilmente minha mala quando ela chegasse e, enquanto isso, incorporei o funcionário da Infraero e contribuí para o fluxo das malas de forma menos precária, ajudando os passageiros a reorganizar as malas quando elas se amontoavam e colocando de novo na esteira as malas que caíam do lado de dentro. Depois de muito tempo, minha mala apareceu. O turba, possivelmente agradecida, abriu espaço e me ajudou a passar para o lado de fora da esteira e me mandar, enquanto outro passageiro, talvez inspirado pelo meu gesto, pulou para o lado de dentro e me substituiu no serviço voluntário.

Quando consegui chegar do lado de fora do aeroporto, um taxista me abordou: “táxi comum!”. Desconfiado, preferi optar pela frota do aeroporto mesmo, não antes de lhe perguntar quanto custaria a corrida até Santo André. Cento e cinquenta dilmas. 150 reais???, exclamei estupefato. Você vai pagar de 180 a 190 no oficial. Fiz as contas... será que vale o risco por conta de 40 reais, já que perdi muitas horas sem contar no prejuízo que já vou acumular ainda mais no táxi por conta da mudança de aeroporto? Preferi não correr o risco. Fui para a fila do Guarucoop e, quando informei o endereço, soube do preço: extorsivos 181 reais. Paguei com o coração espumando de raiva e fui para a fila do táxi. Foi quando percebi que a fila que eu tinha visto era o finalzinho dela, porque o início mesmo estava muuuito longe. E quase não havia táxis: eles não estavam dando conta. Abri meu ebook e me pus a ler para não sofrer a lentidão da espera interminável. Até que consegui embarcar no táxi.

Que tragédia! Não me lembro de ter chegado de qualquer voo nacional por Guarulhos. Pensei: será que isso é problema de desembarque nacional? Passando pelo desembarque internacional, tive impressão que a fila do táxi estava maior ainda.

Imagina na Copa...
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário