quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Os pobres e a conta da crise

- O país está quebrado? Está. 
- Limitar os gastos públicos é uma medida necessária? É o mínimo, ou algo que tenha o mesmo efeito. 
- Vai custar esforço da sociedade? Sem dúvida.
- Quem vai pagar a parte mais pesada da conta? Os mais pobres.
- Não tem jeito de os mais ricos pagarem algo? Claro que tem! Aliás, eles é quem deveriam pagar a parte mais pesada porque possuem uma série de benefícios que o estado lhes oferece à custa dos mais pobres. Em outras palavras, os mais pobres pagam com a miséria a boa vida dos mais ricos.
- Ué, e por que os mais ricos não pagam ao menos parte da conta? Dê uma olhada no perfil social e de riqueza dos políticos, supostos representantes do país.

Conclusão:

Se alguém acha que votando em homens vai ajudar a defender os direitos das mulheres, está errado (somente as mulheres entendem onde o calo dói). Se alguém acha que votando em heterossexuais os direitos dos não heteronormativos serão tratados com carinho, está errado (é preciso estar na pele de um deles), etc.
Da mesma forma, o rico que se elege está preocupado com seu filho, com sua empresa, com sua fazenda. Ele vai lutar para defender os interesses de quem ele representa DE FATO. Ele não fará leis que permitam uma maior justiça social, se isso implicar diminuir 0,01% de suas riquezas.
Portanto, enquanto pobre continuar votando em rico e defendendo o ideal de vida dos mais ricos, que só beneficia eles, vai ser assim: um país na miséria e os ricos no poder fazendo leis, tomando medidas para que o país seja rico, claro, mas que toda a riqueza esteja no bolso deles.

Pobre quer ver seus direitos respeitados? Vote em pobre, que saiba o que é isso, que se sensibilize com isso. Do contrário, seja um pobre com discurso de rico e morra antes de ver seus direitos respeitados.

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