segunda-feira, 3 de setembro de 2018

O dia em que Luzia morreu


Há alguns dias em que um idiota que postula o cargo máximo da nação aconselhou seus eleitores a ignorarem a História, acontece essa tragédia, a morte de Luzia e tantos outros tesouros inestimáveis, não apenas do Brasil, mas da humanidade, parte do acerto do museu quanto de outros museus que estavam sob nossa tutela, na confiança.

Para um amante das artes, do saber, do conhecimento, da cultura, das ciências, embora eu não seja pesquisador, é um luto doloroso. Pior ainda por ser esse museu um dos que eu gostaria de visitar. Sinto-me devastado. Essa perda é muito emblemática.

Para além da perda inestimável, essa tragédia é o retrato do Brasil, uma não-nação que não valoriza sua história, suas riquezas. Não poderia ser mais emblemático acontece em um momento onde todos nossos valores estão esgarçados, onde estamos cada vez mais nos afundando em um obscurantismo que dá medo.

Retrato esse que queima ainda mais a imagem do país e que gera em mim o desejo de que houvesse uma intervenção, sim, mas não militar, essa ansiada por gente que está no fundo do poço do obscurantismo e da violência, mas uma intervenção alienígena que nos declarasse incapazes e tomasse as rédeas dessa não-nação. Mas isso não acontecerá. A História está nas nossas mãos. Então é tempo de luto e reflexão. Aqueles que ainda não despencaram no abismo do obscurantismo e que ainda prezam o saber, a cultura, a história, precisam se mobilizar e salvar esse país de mais um degrau na derrocada rumo ao desastre.

Não sei como, mas é preciso encontrar o caminho...

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